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Estudantes interpretam Anne Frank e Frida Kahlo em programa de auditório de escola

Projeto da EMEF Professor Carlos Correa Mascaro é baseado em pesquisa biográfica e atividade prática

Publicado em: 28/04/2023 16h15 | Atualizado em: 28/04/2023
Duas meninas estão sentadas ao lado uma da outra, elas estão de frente para outras meninas. Na mesa a frente delas, há livros da Anne Frank. Na parede que está atrás, há uma foto da Anne Frank.

A EMEF Professor Carlos Correa Mascaro, da DRE São Mateus, está realizando o projeto “Eu fiz a diferença no mundo”, nele os estudantes fazem um estudo biográfico de personalidades que deixaram um legado positivo. Após a pesquisa, é escolhido um representante na turma para interpretar a personalidade encenando uma entrevista em um programa de auditório.

A primeira personalidade que “concedeu” a entrevista foi a escritora, compositora e poetisa brasileira Carolina Maria de Jesus, interpretada pela estudante Maria Helena Viana, ela foi entrevistada por Gabrielly Santos Nogueira, ambas do 8º ano A. Também foram personificadas a escritora alemã Anne Frank  e a pintora mexicana Frida Kahlo, estão sendo preparadas ainda outras vídeo entrevistas, como a de Dandara dos Palmares, uma guerreira negra do período colonial do Brasil.

Ainda em março, antes do projeto se expandir, os estudantes estavam pesquisando sobre a Doutora Sônia Guimarães, a primeira brasileira negra doutora em Física e a primeira brasileira negra a lecionar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Os professores entraram em contato com a mesma e conseguiram agendar uma LIVE.

No dia 23 de março, todo o Ciclo Autoral da escola participou da vídeo chamada com a doutora. Eles tiveram uma conversa potente sobre estigma de gênero, preconceito racial, sonhos, entre outros temas. A doutora Sônia Guimarães sanou as dúvidas dos estudantes e apontou obras como referência para o desenvolvimento de uma educação antirracista. Gracinda Souza de Carvalho, POED da EMEF apontou que essa conversa foi um momento de inspiração e motivação para os estudantes.

Como surgiu a iniciativa

A ideia surgiu em atividades do Março Mulher, onde seriam estudadas apenas algumas personalidades femininas. A atividade foi idealizada pela Professora Orientadora de Educação Digital (POED) Gracinda Souza de Carvalho, em colaboração com os professores de história, português, arte, inglês, matemática, e Professor Orientador de Sala de Leitura (POSL) da escola. Ao ver o engajamento dos estudantes, os professores decidiram ampliar o projeto, com ações durante todo o ano letivo. 

O projeto é voltado para os estudantes do Ciclo Autoral (7º, 8º e 9º ano). Inicialmente o professor entrega uma lista para os estudantes com alguns nomes e cada um escolhe o seu para pesquisar individualmente. Feito o estudo, o aluno apresenta um resumo oral para a turma que, após ouvir sobre as personalidades escolhidas por cada um, elege a que mais gostaram.

Após decidirem a personalidade que será interpretada, cada sala define dois representantes, um para personificar o escolhido e outro para conduzir a entrevista. Juntos, a turma define perguntas, com base no estudo realizado e cabe ao estudante que interpretará a personalidade se aprofundar na sua história para conceder a entrevista.

“A grande contribuição é renovar a ideia da pesquisa. Para eles era uma coisa muito mecânica, com pouco engajamento. Quando você fala que isso será personificado por eles dá mais engajamento”, afirma a professora Gracinda Souza de Carvalho, POED da escola. 

Com o roteiro da entrevista pronto, a turma monta cenário, decide figurino e o espaço da escola que será gravada a vídeo entrevista. Acontece então a simulação de um programa de auditório, um aluno é o entrevistador, outro é a personalidade e o restante da turma representa o público.

“Se torna uma competição saudável, uma turma fala pra outra que a sua vídeo entrevista ficou mais legal. Os estudantes curtem muito, eles gostam de produzir e receber reconhecimento por esse protagonismo”, disse Gracinda.

Feita a gravação e edição no Laboratório de Educação Digital (LED), com orientação da POED, os vídeos são publicados nas redes sociais da EMEF, ficando disponível para toda a comunidade escolar assistir e aprender sobre a pessoa interpretada. 

 

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