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DRE Butantã – Experiências regionais de Unidades na perspectiva do Currículo Integrador da Infância Paulistana

Iniciativas valorizam as vivências infantis desenvolvidas no dia a dia

Publicado em: 20/07/2016 14h33 | Atualizado em: 30/11/2020

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No seminário promovido pela DRE Butantã, no dia 10 de maio, educadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Vila Munck apresentaram o projeto Vivências Lúdicas, desenvolvido com alunos do primeiro ano do Ciclo de Alfabetização pela professora de Educação Física, Paula Sérgia Andrade dos Santos, que também atua como professora dos Territórios dos Saberes com três turmas de primeiro ano no período que compreende a ampliação da jornada proposto pelo Programa São Paulo Integral.

Na ampliação da jornada, depois de um diagnóstico inicial, a professora percebeu a necessidade de dar continuidade às atividades lúdicas e corporais que fazem parte dos contextos na Educação infantil. A fim de ampliar o repertório de cantigas, brincadeiras e jogos, passou a proporcionar vivências lúdicas que interligassem os saberes às práticas de brincadeiras e ao desenvolvimento corporal como um todo.

Um exemplo de atividade proposta pela Professora Paula é a apresentação de uma música infantil e, a partir dela, pede para que alunos explorem as diversas formas de se trabalhar com a canção. Coreografia, figurino, encenação, tudo idealizado e preparado pelos meninos e meninas dos primeiros anos na ampliação da jornada. Para a professora, é uma forma dos alunos resolverem situações problemas articulando as diversas áreas do conhecimento e Territórios dos Saberes.

O que é trabalhado nestas Vivências Lúdicas possibilita a ampliação do repertório cultural e literário dos alunos e a integração das atividades desenvolvidas pelas demais professoras e professores.

Para uma das Coordenadoras Pedagógicas da unidade, Daiane Cristini Moraes, desde que foi iniciado, em fevereiro de 2016, o projeto trouxe contribuições na perspectiva do Currículo Integrador, pois colaborou para a construção de um espaço afetuoso e lúdico onde as crianças podem vivenciar experiências de forma prazerosa, além de construir e articular os saberes. “Entendemos que as atividades do Projeto Vivências Lúdicas ampliaram diretamente o pensar pedagógico integrado e auxiliaram na implantação da educação integral, com atividades desenvolvidas de forma natural e intencional”, diz Daiane.

A Coordenadora complementa que “hoje, poucos meses depois, já percebemos mudanças no comportamento dos alunos, que aproveitam o horário de intervalo ou de entrada e saída para reproduzirem as cantigas e brincadeiras que são trabalhadas durante o projeto”.

Experiências com crianças pequenas – É uma prática do Centro de Educação Infantil (CEI) Rio Pequeno II, também da DRE Butantã, estimular seus educadores a registrar de diversas maneiras as atividades que desenvolvem com seus alunos. Por meio de fotografias, vídeos, gravações de áudio e anotações, os professores analisam as atividades e projetos desenvolvidos no decorrer do ano.

A partir das análises, os educadores refletem sobre a própria prática, o que é necessário ser trabalhado e os assuntos pelos quais as crianças possuem interesse. A escola valoriza as vivências infantis desenvolvidas no dia a dia.

Para Fernanda Miranda Cardoso, professora do Mini Grupo I, as propostas planejadas são direcionadas a cada aula, partindo das respostas das crianças. No projeto de Artes que desenvolveu, buscou valorizar as marcas dos pequenos, de forma coletiva e individual. Em uma das propostas, os alunos fizeram suas interferências utilizando diversos suportes e marcadores. Tinta guache, giz de cera, papel craft e plásticos transparentes foram alguns dos recursos utilizados pela professora. Ela conta que, em alguns momentos, oferecia suportes já marcados para a turma a fim de perceber de qual forma os alunos faziam as novas intervenções.

Um outro exemplo de atividade desenvolvida foi sugerir que os alunos fizessem suas marcações em plástico transparente disposto sobre um grande espelho. “Além das marcas já existentes, as crianças podiam ver a própria refletida no suporte”, conta a educadora. Para a professora, a intenção é que, além das marcas individuais, as relações afetivas e as múltiplas linguagens sejam valoradas também por toda a turma. “Mesmo sendo uma atividade coletiva, os alunos interferem de forma individual”, completa.

Para Fernanda, a criança é um ser de formação em completude e as aprendizagens não acontecem sem o desejo e a curiosidade nata. “O planejamento flexível e cuidadoso faz diferença nas experiências e elas devem ser valorizadas como um conteúdo”, enfatiza a professora.

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