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Do Jardim Ângela para o país: professora da Rede Municipal é vencedora no Prêmio Educador Nota 10

Renata Moura, da EMEI Parque Bologne, ganhou no eixo de Direitos Humanos com um projeto que fortalece a autoestima e a representatividade de crianças da periferia de São Paulo

Publicado em: 29/10/2025 13h15 | Atualizado em: 30/10/2025

 

 

Ver as crianças se reconhecendo com orgulho, valorizando a beleza do próprio bairro de sorrindo ao se enxergar nas histórias — foram algumas das transformações que a professora Renata Moura dos Santos, da EMEI Parque Bologne, no Jardim Ângela, zona sul da capital paulista, ajudou a construir.  O resultado desse trabalho sensível e potente foi o reconhecimento nacional: Renata é uma das vencedoras do Prêmio Educador Nota 10 no eixo de Direitos Humanos. A cerimônia do maior e mais importante prêmio da Educação Básica no Brasil ocorreu nessa terça-feira (28) e reuniu educadores de todo o país.  

“Estou muito feliz com o prêmio. Me sinto honrada em representar a nossa Rede Municipal de Ensino. Foi uma noite muito emocionante, linda e repleta de aprendizados. Levar o trabalho que desenvolvi para que as pessoas conhecessem foi uma experiência única, que ficará guardada na memória”, emociona-se Renata ao comentar sobre o prêmio.  Criado para valorizar educadores que transformam realidades e inspiram comunidades escolares em todo o país, o prêmio é o único no Brasil associado ao Global Teacher Prize, sendo conhecido como o “Oscar da Educação Brasileira”.  

O projeto da professora da Rede Municipal “Pra ver se me enxergo!” encantou o júri e nasceu de uma inquietação genuína da professora. “As crianças usavam a palavra “favela” como se fosse algo ruim. Isso nos fez pensar: como ajudá-las a se verem com orgulho de quem são e do lugar onde vivem?”, relembra Renata. Tendo como foco a educação antirracista e a valorização da identidade das crianças, a iniciativa apresentou às turmas referências de artistas negros e periféricos, como Marcelino Melo, Otaviano Júnior e Angélica Dass, fortalecendo o sentimento de pertencimento e orgulho das crianças em relação à sua origem e comunidade.  

As atividades envolveram leitura de obras literárias, produção de maquetes e autorretratos, ampliando o repertório cultural das crianças e promovendo reflexões sobre diversidade étnico-racial e reconhecimento das próprias histórias. Além de impactar diretamente mais de 100 crianças, o projeto repercutiu entre famílias, comunidade e outros profissionais da educação, fortalecendo os vínculos entre escola e território. 

Com o apoio da professora Naiany Ferreira, o projeto teve como base o Currículo da Cidade e as diretrizes das Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tratam da obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas. A combinação entre arte, fotografia e literatura tornou a experiência ainda mais rica e significativa, reafirmando o papel da escola como espaço de escuta, acolhimento e valorização da diversidade. 

O reconhecimento no Prêmio Educador Nota 10 reforça a importância de projetos como o de Renata, que mostram o poder transformador da educação que valoriza a diversidade, promove o respeito, além de, inspirar os alunos e a comunidade ao redor. 

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