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Discutindo relações étnico-raciais sob o olhar da literatura infanto-juvenil
Encontro contribuiu para exercitar a reflexão sobre a ação docente no aprimoramento da prática pedagógica.
Publicado em: 10/11/2017 17h15 | Atualizado em: 30/11/2020No último dia 8 de novembro, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professor Luiz David Sobrinho, da Diretoria Regional de Educação Pirituba/Jaraguá, recebeu a visita da Professora Mestranda do curso Educação e Currículo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), Luciene Silva, atuando também como Professora Orientadora da Sala de Leitura (POSL) na EMEF Jairo de Almeida, da mesma diretoria.
Luciene, é especialista em História e Cultura Africana e Afro Brasileira, foi conversar com os professores sobre cultura Afro e o uso da literatura infanto-juvenil para apoiar a discussão das relações étnico-raciais. Ela elogiou o Leituraço – projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo desde 2014, busca estimular a leitura de autores e histórias da cultura africana e afro-brasileira – por ser capaz de mobilizar toda a comunidade escolar na discussão de um tema. “O Leituraço é meu objeto de pesquisa do mestrado”, revelou Luciene.
Durante a formação, Luciene apresentou aos professores algumas sugestões de leituras, com destaque para os livros Black Power de Tayo de Kiusam de Oliveira, Luana, A Menina Que Viu O Brasil Neném – Oswaldo Faustino, Arthur Garcia e Aroldo Macedo e O Mundo Começa na Cabeça, de Prisca Agustoni e Tati Móes. “Atualmente o currículo que assume compromisso com as questões das relações étnico-raciais está atendendo a exigência de formar cidadãos sadios em suas construções psicossociais. Essas questões são de interesse de brancos e negros que compõem a sociedade e devem conviver com respeito, empatia”, afirmou Luciene.
O diretor da unidade, Fábio Rogério Nepomuceno, explicou que o Projeto Especial de Ação (PEA) da escola, durante esse ano de 2017, tem como tema Multiculturalismo e Diversidade, continuando estudos iniciados em 2016 com organização das coordenadoras pedagógicas Rosana da Costa e Juliana Quintino. “Sempre que possível, buscamos estabelecer diálogos com outros grupos e ampliar as discussões convidando colegas educadores de outras escolas e outros espaços educativos para fazerem apresentações informais e conversas sobre temas relevantes relacionados ao tema”, explicou Fábio.
Entre os convidados estiveram a ativista social Francine Flor, com a apresentação do Projeto Januárias na Janela e falou sobre feminismo, a professora, psicóloga e mediadora Hilda Rodrigues falando sobre o problema de automutilação que aflige alguns adolescentes, a professora Leonor Antunes, integrante do Centro de Formação e Acompanhamento á Inclusão (CEFAI), falou em dois encontros sobre as diversas necessidades especiais e propostas de intervenção pedagógica.
Em outras oportunidades foram abordados temas como interdisciplinaridade, oficina de jogos colaborativos e identidades. “Também tivemos a oportunidade de visitar as escolas vizinhas, EMEI Fernando de Azevedo e CEI Jardim Panamericano, para tentar começar a fazer um currículo integrado, como proposto pela Secretaria Municipal de Educação”, explicou Nepomuceno. “A participação da professora Luciene espalhou algumas sementes de referência para ajudar os colegas professores a discutirem o preconceito, a aceitação e a importância da diversidade étnico-racial, religiosa e de gênero na escola”, concluiu.
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