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Centro de São Paulo será ocupado por crianças em ações da Virada Educação 

Cerca de 2 mil crianças, de sete escolas de educação infantil situadas na região central, participam de travessias, ações culturais e educativas no território

Publicado em: 09/09/2022 18h32 | Atualizado em: 14/09/2022
Virada Educação (1)

Sete escolas municipais de Educação Infantil que ficam situadas na área central da cidade de São Paulo promoverão, entre os dias 12 e 17 de setembro, a Virada Educação. Trata-se de uma ação de prática e ocupação de território educativo que envolve crianças, educadores e comunidades escolares, com instituições culturais parceiras e coletivos da região. A semana de ações culminará em um cortejo pelas ruas no sábado (17). 

A Virada Educação está em sua 9ª edição e este ano possui ligação com a Jornada do Patrimônio da Secretaria de Cultura, que teve como tema “Tão Perto, tão longe”, e agrega, ainda, a reconexão com o território após o período mais duro da pandemia de Covid-19. A intenção é promover a reaproximação com a cidade e, ao mesmo tempo, buscar o diálogo com a memória local. 

A proposta dialoga com a prática pedagógica já existente no cotidiano das EMEIs envolvidas com a ação e garante o direito à ocupação das ruas pelas crianças. Durante todo o ano, são desenvolvidas as Travessias, momentos em que as crianças, juntamente com os educadores das escolas se deslocam, a pé ou utilizando o transporte público, aos pontos de interesse da cidade para aprender e experienciar. 

As sete unidades que fazem parte da organização da Virada Educação 2022 este ano atendem cerca de 2 mil crianças. São elas as EMEIs Armando Arruda Pereira, Monteiro Lobato, Gabriel Prestes, Patrícia Galvão, João Theodoro, Ângelo Martino e Alceu Maynard.

A programação é ampla e contará com diversas atividades simultâneas sendo desenvolvidas nas escolas, parques, praças, museus, bibliotecas e centros culturais do centro, para crianças, educadores e familiares. Confira alguns dos destaques: 

  • Segunda-feira (12) haverá Vivências com Redes, Cama de Gato e Roda Musical na EMEI Gabriel Prestes;
  • Terça-feira (13), das 10h e 15h, as crianças das EMEIs Patrícia Galvão (Pagu) e Gabriel Prestes farão o plantio de árvores no Parque Augusta e na biblioteca Monteiro Lobato haverá oficinas de criação literária para crianças;
  • Quarta-feira (14) as crianças da EMEI Monteiro Lobato e Patrícia Galvão farão andanças de motoca e brincadeiras em família na Praça Roosevelt, as crianças da EMEI João Theodoro visitarão a Casa do Povo, no Bom Retiro;
  • Quinta-feira (15) haverá passeio no parque Buenos Aires para conhecer a sua biodiversidade com as crianças da EMEI Monteiro Lobato; 
  • Sexta-feira (16) a EMEI Alceu Maynard visitará a Galeria Fortes Vilaça.
  •  Sábado (17) ocorrerá um Cortejo de cerca de 2 quilômetros. Os participantes vão se concentrar às 9h30 na EMEI Gabriel Prestes (Rua da Consolação, 1012) com saída às 10h30 e segue até a Saracura Vai-Vai. O trajeto passará pela rua Caio Prado, Praça Rooselvet/ Parque Augusta, rua Martinho Prado, Museu Judaico, rua Santo Antônio, rua Treze de Maio,  Teatro do Incêndio, rua São Vicente, rua Almirante Marques Leão e rua Cardeal Leme. Durante todo o roteiro haverá pausas para especialistas falarem sobre as curiosidades e história da região.

Clique e confira a programação completa. 

 Este ano, em especial, as ações darão visibilidade à Memória do Saracura/ Vai- Vai, que em resumo, se refere à luta dos moradores do centro em torno da história que veio a tona no bairro do Bixiga com a descoberta dos vestígios deixados por quilombolas às margens do Córrego da Saracura – rio aterrado deságua no rio Tietê. O movimento atualmente é formado coletivos do movimento negro, sambistas, pesquisadores, educadores e outros ativistas da região.

 

Histórico da Virada Educação

A ação ocorre desde 2014 com ações e cortejos no território. Em 2020 e 2021, devido à pandemia de covid-19, o evento ocorreu de maneira remota, com transmissões ao vivo via pelas redes sociais. Houve contações de histórias, palestras, oficinas e atividades culturais em que as interações entre as comunidades escolares se deu de maneira online. No primeiro ano de distanciamento a Virada promoveu carreatas que reproduziam amplamente, através de áudios, as falas das crianças por alto falantes nos carros que circulavam pelas ruas. O diretor da EMEI Gabriel Prestes, João Kleber, conta que algumas crianças ficavam nas janelas dos prédios acenando e hasteando bandeiras enquanto a carreata passava.

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