História da Educação Bilíngue para Surdos
A educação de Surdos no Munícipio de São Paulo data de 1952, com a criação do primeiro Núcleo Educacional para Crianças Surdas Helen Keller na região Central de São Paulo.
Entre 1988 e 1999 foram criadas mais cinco escolas específicas para atender à demanda do município, denominadas EMEE – Escola Municipal de Educação Especial, EMEE “Anne Sullivan” na Zona Sul, EMEE “Neusa Basseto” na Zona Leste, EMEE “Madre Lucie Bray” na Zona Norte, EMEE “Vera Lúcia A. Ribeiro” na Zona Oeste e EMEE Professor Mário Pereira Bicudo na Zona Norte.
Acompanhando as transformações educacionais, linguísticas e culturais da Comunidade Surda, em 2010 foi constituído um Grupo de Trabalho com o objetivo de definir diretrizes para a organização de Escolas Bilíngues. Como resultado, em 2011 foi publicado o Decreto 52.785, que criou as Escolas de Educação Bilíngue para Surdos – EMEBS na Rede Municipal de Ensino, dando início a uma nova etapa de atendimento às crianças, jovens e adultos surdos da nossa cidade, que compreende a Libras como sua primeira Língua e, portanto, língua de instrução e de comunicação, e a Língua Portuguesa como segunda língua, sendo objeto de ensino da escola na modalidade escrita.
Em 2012, foram criadas duas Escolas Polo Bilíngue para Surdos e Ouvintes no CEU Capão Redondo, na Zona Sul, e CEU São Rafael, na Zona Leste. O atendimento nestas unidades compreende classes bilíngues exclusivas para surdos na Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental I e classes bilíngues para surdos e ouvintes a partir do 6º ano do Ensino Fundamental. Os alunos contam ainda com atendimento especializado na Sala de Recursos Multifuncionais no contraturno escolar e a Classe bilíngue II para o atendimento das especificidades linguísticas da Língua Portuguesa como segunda Língua.
Nossa Política de Atendimento reconhece o direito dos surdos à uma Educação Bilíngue de qualidade que respeita sua identidade e cultura, estendendo o atendimento especializado com os serviços de apoio previstos no Decreto nº 57.379/2016 à todos os estudantes surdos matriculados na RME, nas escolas bilíngues, escolas pólo bilíngue e escolas comuns. Nossas Escolas contam com Instrutores de Libras que atuam como modelo linguístico e Intérpretes e Guia-Intérpretes de Libras e Língua Portuguesa que proporcionam acessibilidade linguística aos alunos.
As Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos e os Polos Bilíngues destinam-se às crianças, adolescentes, jovens e adultos com surdez, com surdez associada a outras deficiências, limitações, condições ou disfunções e surdocegueira. Oferece atendimento educacional à população nas seguintes modalidades:
- Educação Infantil
- Ensino Fundamental I e II
- EJA – Educação de Jovens e Adultos.
- Ensino Médio Bilíngue na EMEBS Helen Keller
O atendimento é realizado por Professores Bilíngues com base na Pedagogia Visual, que faz uso de materiais visuais, da língua de sinais, da imagem, do letramento ou leitura visual.
Os alunos surdos, cujos pais optam por matricular seus filhos em escolas comuns, são auxiliados por Intérpretes de Libras e atendidos no contraturno nas Salas de Recursos Multifuncionais por Professores de Atendimento Educacional Especializado e Instrutores de Libras.