Existem no município de São Paulo três Centros de Educação e Cultura Indígena (CECI), nas aldeias Tekoa Pyau (Jaraguá), Krukutu e Tenonde Porã (Parelheiros). Eles forem instituídos pelo Decreto 44.389/2004, como resposta da Prefeitura à demanda de lideranças Guarani da cidade de São Paulo pelo fortalecimento e valorização de sua cultura.
O projeto arquitetônico dos CECIs foi elaborado juntamente com as lideranças indígenas Guarani, respeitando as condições sócio-paisagísticas-culturais de cada aldeia. Em cada CECI há um Centro de Educação Infantil Indígena, salas de aula, biblioteca, sala de informática, rádio comunitária e Centro Cultural Indígena, todos integrados.
Nos CECIs, o calendário escolar, a organização e os horários são diferenciados, específicos, elaborados pela comunidade Guarani. De acordo com a cultura, a passagem do tempo é baseada nos ciclos da natureza e nos ensinamentos tradicionais dos mais velhos – sábios da aldeia. Há respeito aos processos próprios de aprendizagem, às especificidades da educação escolar indígena, ao mesmo tempo que favorece o acesso dos educadores e das crianças às informações e conhecimento técnico-científico da sociedade não-indígena. Para saber mais, baixe e leia o Projeto Político Pedagógico dos CECIs.
Sobre os Centros de Educação Infantil Indígena (CEIIs)
Os Centros de Educação Infantil Indígena (CEIIs) atendem crianças de 0 a 5 anos e onze meses, em agrupamentos mistos, isto é, crianças de diferentes idades. O espaço não segrega a criança do convívio social; os irmãos mais velhos acompanham os mais novos e os bebês são acompanhados por suas mães.
A Educação Escolar Infantil Indígena não se restringe a quatro paredes, mas é entendida de forma ampla, fazendo com que a teoria possa ser vivenciada, construída e transformada. Na sociedade Guarani o conhecimento é socializado na aldeia, sendo sua aplicação desenvolvida na prática, no dia a dia para fortalecimento e valorização da comunidade.