Banner de TPA com ações que representam as práticas por meio das tecnologias na RME, com imagens, da esquerda para a direita, com montagens estruturais para a robótica, ligações por meio da eletrônica em kit arduino, logo dos 30 anos das tecnologias na RME, tablets sendo usados para programação de jogos no app OctoStudio e professora e estudante na Jam de Robótica

O Núcleo de Tecnologias para Aprendizagem (TPA), da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME) e coordenado pela COPED (Coordenadoria Pedagógica), cumpre um papel essencial no desenvolvimento e implementação de estratégias de integração das tecnologias digitais no Currículo da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, possuindo como principal função a formação dos Professores Orientadores de Educação Digital (POEDs) e demais profissionais da Rede que aplicam tecnologias para fins pedagógicos, promovendo assim as políticas públicas voltadas ao uso das tecnologias em favor das aprendizagens.

Desde o início das suas atividades, o Núcleo de Tecnologias para Aprendizagem tem seguido princípios fundamentais que orientam seu trabalho com as tecnologias: a promoção da cidadania digital, o protagonismo de estudantes e professores, a autonomia, inventividade, colaboração, pensamento crítico e reflexivo, além do acesso democrático à informação. Esses valores sustentam a construção do conhecimento e orientam a formação integral dos estudantes, incentivando-os a não só utilizar a tecnologia, mas a entender como podem usá-la para interagir, participar de redes, colaborar, agir e construir conhecimentos. As práticas pedagógicas propostas por TPA promovem que os estudantes se conectem e ressignifiquem o mundo ao seu redor, em uma abordagem inovadora e voltada ao desenvolvimento de múltiplas dimensões pessoais e sociais.

A atuação do TPA não é recente. A SME começou a investir na formação para o uso pedagógico de tecnologias no final dos anos 1980, com a criação do Laboratório de Informática Educativa e a formação inicial dos professores para o uso de tecnologias em atividades educacionais. Em 1994, o Decreto 34.160 instituiu os Laboratórios de Informática Educativa (LIE) nas escolas municipais e criou a função dos Professores Orientadores de Informática Educativa (POIE), responsáveis por compartilhar o trabalho em aulas com outros professores. Essa estrutura inicial visava apoiar os docentes a integrar as tecnologias ao processo de ensino. Em 2006, a Informática Educativa foi incorporada oficialmente à grade curricular, com uma aula semanal. Esse desenvolvimento culminou na publicação do Currículo da Cidade em 2017, momento em que a Informática Educativa se consolidou como o Componente Curricular “Tecnologias para Aprendizagem”, passando a abarcar, além do ensino básico de informática, outros recursos, tecnologias e abordagens, como a Robótica e a Impressão 3D, e introduzindo metodologias inovadoras como a Educação Maker.

Com o Decreto Nº 59.072 de 2019, os laboratórios e os profissionais dessa área foram renomeados, passando a se chamar, respectivamente, Laboratório de Educação Digital (LED) e Professor Orientador de Educação Digital (POED). A mudança de denominação refletiu a evolução nas práticas pedagógicas e de formação tecnológica dos professores e estudantes, que agora também exploram a criação e o desenvolvimento de projetos inovadores nesses espaços. Assim, TPA, por meio dos LEDs, promove ambientes colaborativos de aprendizagem onde os estudantes podem experimentar, criar e modificar suas ideias.

Essa trajetória demonstra o compromisso do Núcleo de Tecnologias para Aprendizagem com a formação de estudantes e educadores para um uso crítico e criativo da tecnologia. Seu objetivo não é apenas preparar para o uso de ferramentas digitais, mas promover uma cidadania ativa, crítica e reflexiva, onde os estudantes possam explorar e expressar o mundo que os cerca de maneira consciente e colaborativa.