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EMEF Bernardo O’Higgins realiza atividades sobre o livro “O mundo no black power de Tayó”

Cada ano do Ensino Fundamental I da Unidade Educacional teve uma proposta diferente sobre o livro de Kiusam de Oliveira que aborda a temática antirracista

Publicado em: 22/05/2024 14h46 | Atualizado em: 22/05/2024

A palavra “Tayó” tem origem na língua iorubá e significa “felicidade”. E felicidade foi justamente o que se viu nos rostos das crianças da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Bernardo O’Higgins quando foram feitas diversas atividades com as turmas do Ensino Fundamental I acerca do livro “O mundo no black power de Tayó”, escrito por Kiusam de Oliveira. 

Considerando que a obra aborda pautas antirracistas e o respeito às diferenças, a Unidade Educacional estipulou uma proposta diferente para cada ano. Os mais velhos, dos 3°s e 4°s anos, fizeram desenhos exaltando o cabelo e a beleza de Tayó, enquanto os 2°s anos fizeram a Tayó de argila. 

Os 1°s anos, por outro lado, tiveram uma sessão de contação da história em questão. A partir da iniciativa das professoras dos 1°s anos, Yasminne Lessa e Adriana de Paula, as estagiárias Ana Beatriz da Silva Cabral, Leila de Oliveira e Viviane do Carmo Silva se caracterizaram como as personagens do livro e realizaram uma performance teatral. Após a contação, os pequenos seguiram para o Dia da Beleza, feito com o propósito de valorizar a aparência de cada um.

“Preconceito, bullying e racismo são questões que nós sempre lutamos contra. As meninas se identificaram com a Tayó, porque ela trouxe representatividade e acabou se tornando uma referência para elas”, afirmou a Coordenadora Pedagógica Elizabete Braga.

“Além do preconceito, é importante também [a questão] da autoaceitação. As crianças precisam saber se apropriar do seu lugar no mundo”, completou.

Tayó 2

Ana Beatriz da Silva Cabral (à esquerda) e Leila de Oliveira (à direita) caracterizadas como Tayó e sua mãe, respectivamente, personagens do conto “O mundo no black power de Tayó”.

Para além das atividades citadas, também foi feito o Dia do Cabelo Maluco, o qual foi realizado por todos os anos. Paula Machado, também Coordenadora Pedagógica da Unidade, explicou qual foi a intenção da prática:

“O cabelo maluco foi para as crianças se identificarem como quisessem, para além da questão das raças. Foi uma ação para elas entenderem que cada um tem um jeito de se expressar através da aparência, mas que, independente disso, todas estão juntas”.

Cabelo Maluco

Estudante da EMEF Bernardo O’Higgins com pipoca e uma lata de Coca-Cola grudados no cabelo no Dia do Cabelo Maluco.

A execução do projeto começou por conta da presença da boneca de Tayó na Unidade. Feita pela bonequeira Luciene Campos, amiga pessoal de Kiusam de Oliveira, a boneca possui o tamanho médio de uma criança de 6 anos – fator que aprofunda a representatividade trazida pela protagonista da obra – e costuma circular entre as escolas municipais paulistanas, estando em uma diferente a cada semana.

Clique aqui para acessar todas as imagens das atividades feitas pela EMEF.

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