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Campeão nacional de carcassonne aprendeu jogo com professor da Rede Municipal

Erick Matheus, de 17 anos, vai representar o Brasil na Alemanha; Giovanna do Amaral, aluna da rede, também foi destaque

Publicado em: 10/08/2022 12h03 | Atualizado em: 10/08/2022
Professor e estudantes que jogam Carcassonne posando para foto.

Desenvolvido pelo professor Josuel Santos da EMEF Enzo Antonio Silvestrin, da DRE Pirituba/ Jaraguá, o projeto que ensina estudantes a jogarem carcassonne tem rendido bons resultados. O campeão da etapa nacional, realizada no fim de julho, em São Paulo, Erick Matheus Sales Sousa, 17 anos, aprendeu o jogo com Josuel quando ainda era aluno da EMEF Raul Pompeia. Agora, Erick seguirá para a fase mundial representando o Brasil na Feira de Jogos em Essen, na Alemanha, no mês de outubro.

Outro destaque da competição foi Giovanna Pereira do Amaral, 14 anos, que cursa o 9º ano na EMEF Enzo Antonio Silvestrin, e foi a única mulher classificada para as oitavas de final da disputa. Na classificação geral, Giovanna ficou em 6º lugar.

Tanto Erick quanto Giovanna aprenderam as técnicas desse jogo de tabuleiro com o professor Josuel. “Sou um apaixonado pelo carcassone e ele me trouxe um argumento fantástico. Somos uma ‘escola da quebrada’, e ter a possibilidade de mostrar para o adolescente que ele pode aprender um jogo que é disputado mundialmente, trouxe um chamariz para o projeto”, explica o docente, que iniciou o trabalho em 2018 na EMEF Raul Pompeia, mas agora o desenvolve na escola Enzo Silvestrin.

Na unidade, os alunos do ensino fundamental podem participar das aulas de carcassone por meio do Mais Educação, nas atividades desenvolvidas no contraturno, ou nas disciplinas eletivas que são ministradas dentro do turno regular de aulas. Aos sábados, os alunos que já jogam também costumam se reunir para treinar. É quando se juntam, ainda, ex-alunos que atuam como “multiplicadores” ensinando os que querem aprender. Um deles é Erick Matheus , atual campeão nacional.

“Aprendi a jogar carcassonne quando estudava na EMEF Raul Pompeia em 2018, e o professor Josuel me apresentou. Não era o meu favorito na época, aí em 2021, com a pandemia, comecei a jogar virtualmente. Jogava muito, até 20 partidas ao dia [cada uma dura, em média, 15 minutos] e foi uma válvula de escape”, relembra Erick.

Carcassonne

Erick Matheus, de 17 anos é campeão nacional, ele aprendeu o jogo com o professor Josuel Santos quando estudava na EMEF Raul Pompeia.

O estudante conta que foi participar do campeonato nacional no último mês com o intuito principal de conhecer presencialmente os demais jogadores, que já tinha encontrado no mundo virtual. “Mas aí eu fui jogando, fui ganhando e fui campeão. Não foi fácil, mas eu havia sonhado com o título três dias antes do torneio. Jogo bem com toda a modéstia, queria muito ser campeão, mas sabia da dificuldade. Agora estou feliz em dobro, porque eu conheci toda a galera e ainda fui campeão”, comemora Erick, que fará em outubro sua primeira viagem internacional.

Erick conta que o carcassonne trouxe grandes oportunidades para sua vida, ele já viajou para outros estados a convite da comunidade, e agora irá para Alemanha, por isso ele vê como forma de retribuição participar do projeto do professor Josuel aos sábados, na EMEF Enzo Silvestrini, ensinando outros alunos a jogar.

“O jogo ajuda no desempenho escolar porque exige raciocínio, já que precisa de contagem das peças e dos pontos. Antes eu era um aluno regular em matemática, e pude sentir os avanços”, conta.

Engajamento e inspiração

Carcassonne

Giovana Pereira, de 14 anos, estuda na EMEF Enzo Antonio Silvestrin e foi a única mulher que se classificou para as oitavas de final, no geral ela ficou em 6° lugar.

Giovanna concorda que o jogo traga benefícios para as demais disciplinas da escola, e ajuda, inclusive, a desenvolver relações sociais. “Eu comecei quando as aulas eram online, mas quando voltou para o presencial, tive de reaprender porque a visão é completamente diferente. Nesta etapa nacional veio gente de todo o Brasil, por isso foi um prazer imenso ficar no ‘top 8’. Devo tudo ao professor Josuel”, conta a garota que está ensinando o jogo ao irmão e ao primo.

Josuel diz que a gamificação é uma forma de ensinar mais lúdica e, que por isso, atrai a atenção dos estudantes. “Sou um apaixonado por jogos. Eu aprendi a jogar carcassonne e vi que dava para fazer um projeto pedagógico com ele. Os resultados do Erick e da Giovanna renderam uma grande festa da escola e mostraram que isso não era uma utopia de professor. Hoje o campeão nacional de carcassonne aprendeu o jogo quando era aluno do ensino fundamental.”

Como é o jogo

O carcassonne é um jogo de tabuleiro que leva o nome de uma cidade do Sul da França e reúne figuras que representam os castelos medievais franceses. Durante a partida, o jogador precisa construir essas imagens compostas por castelos, estradas, campos e monastérios. Entretanto, é necessário haver uma estratégia para bloquear o oponente, prever as jogadas e conseguir fazer as próprias construções. O competidor ganha pontos quando forma as construções e se move no tabuleiro conforme a pontuação conquistada.

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